Projeto Cria Provão Para Candidatos ao Legislativo
Um grupo de organizações não governamentais ONGs quer fazer um “provão” com os candidatos a uma cadeira no Palácio Anchieta (sede da Câmara Municipal). O objetivo é testar o grau de conhecimento deles para exercer o cargo de vereador e montar um ranking com a avaliação de cada um que se submeter ao teste.
O provão abordará assuntos gerais, especialmente na área social, e também temas, que na avaliação das ONGs, devem fazer parte do cotidiano de um vereador, como Lei a Orgânica do Município e as constituições estadual e federal.
“Queremos que o eleitor conheça bem o candidato em quem vai voltar, já que 40% se elegem em nome do social e são poucos os que conhecem o assunto”, explicou Jomateleno dos Santos Pereira, presidente do Instituto Ponto de Equilíbrio, uma das ONGs que compõem o Elo Social Brasil 2000, responsável pelo “provão”.
Os cerca de 1.300 candidatos a vereador em São Paulo inscritos na Justiça Eleitoral estão sendo convidados a passar no teste, que já tem data para acontecer: dias 22 e 23 de setembro. Para custear o provão – as perguntas terão por base provas para alunos do 2º grau e serão corrigidas por professores da USP – cada candidato pagará uma taxa de R$ 100,00. Pelo menos um vereador e candidato a reeleição já aceitou fazer o provão: é Adriano Diogo (PT). “Um vereador tem de saber ler um orçamento e conhecer leis básicas”, disse Digo, que admitiu que no primeiro mandato (exerce no momento o terceiro) teve dificuldade para entender a dinâmica do Legislativo.
O alvo do Elo Social não são apenas os candidatos a vereador. O grupo também que conhecer as propostas dos 16 concorrentes à sucessão de Celso Pitta para Educação, Saúde, creche e outros temas ligados ao social. As ONGs estão abrindo espaço para a exposição deles num evento que realizarão no dia 26 de agosto, no qual reunirão perto de 9 mil líderes comunitários. Já confirmaram presença Luiza Erundina (PSB), Romeu Tuma (PFL), José de Abreu (PTN), Enéas Carneiro (Prona) e João Manuel Baptista (PSDC). Ao contrário dos concorrentes ao Legislativo, o Elo Social (que reúne 3.800 ONGs, como institutos, igrejas e associações de moradores) planeja apoiar publicamente um dos candidatos a prefeito, mas apenas no segundo turno. A definição dependerá da plataforma que defenderão para a área social.