Candidatos Fogem do Provam
Fracassou o provão que um grupo de ONGs planejava realizar com os candidatos a uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo. Alegando falta de interesse – apenas sete concorrentes se inscreveram para participar - , os organizadores cancelaram o provão, cuja finalidade era atestar as aptidões dos candidatos para o exercício do mandado.
Dos sete inscritos, apenas dois já são vereadores e tentam a reeleição: Adriano Diogo (PT); e Paulo Frange (PTB). Dos outros cinco interessados, dois são do PPB, outros dois pertencem ao PV e um é do PPS.
“Mandamos ofícios para todos os candidatos”, argumentou Jomateleno dos Santos Teixeira, presidente da ONG Ponto de Equilíbrio. “Infelizmente, apenas alguns deles tiveram coragem de fazer a prova”, completou. O teste, segundo ele, consistiria em perguntas sobre conhecimentos gerais, Constituição (estadual e federal) e Lei Orgânica do município.
Paulo Frange lamentou o cancelamento da prova. “Acho que deveria ser aplicada pelos partidos na fase de inscrição de candidaturas. Quando você conhece a dinâmica do funcionamento do Legislativo rende muito mais”, disse ele, que exerce o primeiro mandado.
O petista Diogo também não gostou do fim do provão. Além de perder a oportunidade de testar seu conhecimentos, ele se queixou de ter gasto R$ 300 nos preparativos (R$100 com taxa de inscrição, também paga por Paulo Frange e outros cinco inscritos; e outros R$ 200 com “material didático”, que disse nunca ter recebido, sobre o conteúdo da prova). Teixeira disse que vai devolver o dinheiro, apesar de ter gastou mais de R$ 200 com a confecção de um placa de metal na qual concede o título de “Jubileu de Compromisso com o Social” para os sete inscritos.